Após uma Copa do Mundo espetacular em 2014, James Rodríguez, então jogador do Mônaco, explodiu para o futebol mundial e foi para o Real Madrid por 75 milhões de Euros. E este foi o auge da sua carreira.
Teve um começo razoável no time merengue, mas perdeu espaço com a chegada de Zidane como técnico em 2016. Acumulando sucessivas lesões e problemas de relacionamento, foi afastado do time e, em 2017, emprestado ao Bayern de Munique por duas temporadas. Foi titular em parte da 1ª temporada, mas na segunda se tornou mais uma vez jogador de rotação do elenco, e após ser informado que não fazia parte dos planos para o time titular, pediu publicamente para o Bayern devolve-lo ao Real.
Encerrado seu contrato com o time de Madrid, foi para o Everton em 2020, onde voltou a ter problemas com lesão, jogou pouco e, ao final da temporada, o clube inglês liberou o atleta para procurar outro clube. Em 2021, assinou com o Al-Rayyan do Qatar, mais uma passagem decepcionante: apenas 16 jogos em 2 temporadas.
Após isso, Olympiacos da Grécia, onde teve outra passagem curta. Foram apenas 23 jogos e a rescisão do contrato após apenas 7 meses de clube. A última partida do jogador foi no dia 9 de abril.
Ainda assim, ele chega ao Brasil com o status de craque.
É maluca essa obsessão do torcedor brasileiro por jogador de nome. Não importa a fase, não importa há quanto tempo o sujeito não jogue bola, ele sempre chegará aqui, não importa o time, como se fosse um sucesso garantido. E, na prática, não tem sido sucesso.
Nos últimos anos, uma porção de nomes de peso passaram pelo Brasil sem deixar saudade: Ramires, Juanfran, Daniel Alves, Honda, Kalou, Godín, Douglas Costa, Vidal, Éder, Paulinho e tantos outros. Jogadores na mesma situação que o James: já sem espaço nenhum na Europa, e que encontram no Brasil a possibilidade de um grande contrato. Afinal, como disse, aqui eles chegam com status de super jogador.
Eu gostaria de ouvir da diretoria do São Paulo os argumentos pelos quais ela acredita que agora, no tricolor, o jogador voltará a jogar o que não joga há no mínimo 5 temporadas. E óbvio, entender qual será o custo do atleta. Um time que recentemente quebrou a cara com Daniel Alves pode acabar se enrolando novamente com um contrato caro para um jogador que não corresponde.
Dito tudo isso, tomara que James Rodriguez retome sua carreira. Seria incrível para o futebol brasileiro e para o São Paulo. O potencial dele é inegável. A questão é essa expectativa maluca e injustificada que pode virar decepção muito rapidamente. O são paulino não pode esquecer que James, há varias temporadas, vive apenas do nome. Se ele ainda tem bola, isso precisaremos esperar para ver.