Com apenas 3 vitórias em 13 jogos e uma média de 1 ponto por jogo, o Santos Futebol Clube vive o pior momento da sua história. Afundado em dívidas, com um time fraco e uma porção de Meninos da Vila que, já parece claro, não serão Diego ou Neymar, a equipe é um boxeador encurralado nas cordas. E a janela do mês de julho pode ser o último gongo.
O alvinegro da Vila Belmiro precisa de no mínimo 4 reforços que sejam capazes de ajudar o time a escapar do rebaixamento, nem que seja na última rodada. Não é hora de apostas para venda futura, jogadores sulamericanos de 18 anos de idade ou loucuras financeiras por atletas que, hoje, só jogam com o nome. Não é hora de sonhar com reformular o time inteiro e fazer uma arrancada heroica para o G6 no segundo turno. Ao contrário, é o momento de encarar a gravidade da situação: pela bola que o time (não) joga, o Santos é um sério candidato ao rebaixamento.
O atual presidente do clube precisa parar de dizer que o time brigará por vaga na Libertadores - isso é mais um desrespeito com a torcida, que já está em pânico - e tem o dever de assumir que sua gestão não deu certo e que agora só resta salvar o clube do pior. Rueda disse que não quer ser lembrado como o presidente que vendeu o Santos, mas pode ficar na história como o que levou a equipe à Série B.
Ir para a segunda divisão logo depois de perder Pelé seria um golpe cruel para a torcida santista. Mais do que isso, a situação financeira do clube, que já é grave mesmo com o faturamento de Série A, pode entrar em colapso com o rebaixamento. Afinal, é preciso lembrar que as regras de divisão de cotas em caso de queda não são mais como no passado, e hoje podem levar o time de vez para o buraco.
É algo muito sério e muito triste, porque a camisa branca do Santos é um patrimônio do futebol brasileiro - é a camisa do Rei do Futebol - e está sendo destruída pela sucessão de gestões incompetentes.
Mas ainda há o mês de julho, que pode ser o mais importante da história do clube: uma última janela de contratações para tentar mudar seu destino.
Como disse no começo, é preciso botar de lado os delírios de grandeza ou o desejo por jogador com “grife”. O Santos, nesse momento, precisa de atletas eficientes e experientes, capazes de aguentar essa pressão insana e que ajudem o time a buscar mais 33 pontos no campeonato, não importa o nome ou da onde venham esses jogadores. E essa gestão que foi catastrófica em contratações, agora tem obrigação de acertar, pois está claro que o grupo atual não tem forças para reverter a situação.
Eu sei que é horrível para um santista ler isso, e é óbvio que o lugar do Santos, historicamente, é brigando por títulos. Mas a realidade é outra, e se ela não for confrontada com seriedade, podemos testemunhar o começo do fim de um dos maiores clubes de futebol do mundo. Uma equipe centenária, que agora vê sua história maravilhosa à mercê deste próximo mês, sob o comando de uma diretoria incompetente. É triste, é cruel, mas é a realidade. Só nos resta torcer e cobrar para que façam a coisa certa.