Em 2002, o Santos foi campeão brasileiro e o Palmeiras rebaixado. 21 anos depois, Palmeiras é campeão e o Santos cai pela primeira vez, com direito a um gol do meio de campo. O gol que Pelé não fez, em plena Vila Belmiro, mas a favor do Fortaleza.
Falamos muito do roteiro trágico do Botafogo nessa temporada, no entanto é preciso falar também da tristeza santista, que viu o clube ser destruído num misto de incompetência e corrupção. E chegou ao fundo do poço justamente no ano que perdeu o Rei.
Há algo de cruelmente profético no rebaixamento inédito logo após a morte de Pelé. Sem sua maior estrela, não havia força, dentro ou fora do campo, que segurasse uma das maiores camisas da história do futebol da destruição a que foi sujeita nos últimos anos.
Quem assumir o Santos Futebol Clube na próxima eleição pegará o clube no pior momento de sua história: rebaixado, sem dinheiro, sem competições para disputar e com a dura missão de voltar rapidamente a elite do futebol nacional. Além do dever de não deixar a camisa branca vestida pelo Rei desaparecer.
Por tudo que representa, o clube merecia mais respeito. E num mundo em que os culpados por isso jamais serão responsabilizados, sobra apenas a tristeza.
O Santos é o time da virada e precisa da maior retomada de sua história.
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